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BOS celebra 45 anos da 1ª captação de córnea e jornada até se tornar referência internacional: 'Orgulho e satisfação', diz médico

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BOS celebra 45 anos da 1ª captação de córnea e jornada até se tornar referência internacional: 'Orgulho e satisfação', diz médico

Atualmente, são mais de 40 mil atendimentos por mês e mais de 2,8 mil cirurgias por ano. Unidade, que conta com 300 médicos e outros 500 profissionais, é referência não só na região de Sorocaba (SP), mas em todo o país e até internacionalmente. BOS celebra 45 anos da 1ª captação de córnea e jornada até se tornar referência Há 45 anos, médicos do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) realizavam o primeiro procedimento de captação de córneas da unidade. O trabalho foi o pontapé inicial para que o local se tornasse uma das estruturas de saúde mais consolidadas da cidade, com reconhecimento nacional e internacional. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Banco de Olhos de Sorocaba (SP) fez a primeira captação de córnea em 1979 Marcel Scinocca/g1 O médico responsável pela primeira captação foi Walton Nosé. Ao g1, o profissional relembrou detalhes do procedimento. Na época, conforme ele, as córneas eram enviadas para São Paulo. "Não existiam os meios de preservação no começo dos anos 80. Então, tínhamos que fazer o transplante rapidamente, com pouco tempo para organização e contato com os pacientes", lembra. "É um orgulho e satisfação para mim ter participado do crescimento exponencial dessa instituição", complementa o especialista. Médico Walton Nosé participou da primeira cirurgia de transplante de córnea em Sorocaba (SP), em 2000 Reprodução 'Doe seus olhos e ilumine caminhos' O ano de 2024 também marca quatro décadas do nascimento do Hospital Oftalmológico, estrutura que se tornou simbólica na história do BOS e na jornada até o reconhecimento internacional. Todo o trabalho começou com estruturas modestas, incluindo as instalações e a Ford Belina, a ambulância da unidade que ostentava na tampa traseira a frase "Doe seus olhos e ilumine caminhos". Primeira viatura do Banco de Olhos de Sorocaba, em 1979 Acervo BOS Conforme Pascoal Martinez Munhoz, presidente do BOS em 1984, a instituição quase precisou fechar as portas no passado. "Quando nós começamos, há 40 anos, a ideia era fechar o Banco de Olhos de Sorocaba, porque ele não tinha vida. Mas entendemos a importância de devolver a visão para o deficiente visual e fomos trabalhando, melhorando, conscientizando a população e vendo que a cidade precisava de um hospital", afirma. Pascoal Martinez Munhoz fala sobre trajetória de lutas e conquistas no Banco de Olhos de Sorocaba Marcel Scinocca/g1 Referência nacional e internacional De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as alterações da córnea são a quarta principal causa de cegueira no mundo, sendo uma das principais causas de deficiência visual atualmente. No BOS, depois que é feita uma captação de córnea de um doador, o material passa por uma criteriosa avaliação, feita por profissionais da instituição. Neste processo, a córnea é separada do resto do globo ocular e pode ser armazenada por até 14 dias. Com mais de 2,8 mil procedimentos feitos por ano, o hospital ganhou experiência e reconhecimento nacional e internacional. Além disso, passou a formar profissionais. Transplante de córnea exige várias etapas em instituição de Sorocaba (SP) Marcel Scinocca/g1 "Em consequência desse trabalho do Banco de Olhos, nós construímos o Hospital Oftalmológico. O hospital conseguiu se transformar nessa grande referência a partir de 2000, quando houve uma divulgação de que aqui havia córnea além do que precisava. A partir daí, o hospital se estruturou com a formação de médicos. Hoje, nós temos e melhor curso de médicos transplantadores do Brasil", garante Edil Vidal de Souza, superintendente do BOS. São mais de 40 mil atendimentos por mês, três mil cirurgias, incluindo, em média, 250 transplantes de córnea, ou seja, cerca de 2,8 mil por ano. Atualmente, o BOS conta com 300 médicos e outros 500 profissionais. O resultado deste esforço coletivo está em números positivos e filas menores. Edil Vidal de Souza, superintendente do BOS Marcel Scinocca/g1 "Damos uma resposta para o transplante de córnea que ninguém tem. Em menos de três meses, o paciente consegue fazer procedimento", comemora Edil. "O hospital, a entidade, atingiu a sua finalidade. O sentimento é que valeu a pena. Lutamos, batalhamos. Abrimos mão, às vezes, até do convívio familiar, em prol dos pacientes, mas Deus ajuda quem trabalha. Sou uma pessoa privilegiada: faço o que posso e Deus dá mais do que mereço", finaliza. 'Atendimento maravilhoso' Floraci Soares veio de longe para fazer o transplante de córnea no BOS. Ela é da cidade de Brás Pires, em Minas Gerais, e fez a cirurgia no final de 2023. "Vim para cá e foi confirmado. Aí, fui para a fila. Logo já foi tudo resolvido, já fiz a cirurgia. A recuperação foi ótima", conta. Agora, ela precisa fazer retorno no BOS uma vez por mês, mas garante que vale a pena todo o sacrifício. "É uma sensação muito boa. Nunca pensei em passar por transplante, mas foi um sucesso e estou enxergando muito bem. O hospital é maravilhoso. Uma equipe que recebe a gente com muito carinho. Os médicos são muito carinhosos. Foi maravilhoso o atendimento", finaliza. Floraci Soares veio de Minas Gerais para fazer o transplante de córnea em Sorocaba (SP) Marcel Scinocca/g1 Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

Publicada por: RBSYS

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