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Depois de 5 meses, mulher acusada injustamente de envenenar crianças deixa a cadeia

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Depois de 5 meses, mulher acusada injustamente de envenenar crianças deixa a cadeia

A Justiça do Piauí libertou nesta segunda-feira (13) Lucélia Maria da Conceição Silva. Um novo laudo provocou uma reviravolta nas investigações. Após 5 meses, mulher acusada injustamente de envenenar crianças deixa a cadeia no Piauí A Justiça do Piauí libertou nesta segunda-feira (13) uma mulher acusada injustamente de ter envenenado duas crianças. Cinco meses depois das mortes, um laudo novo provocou uma reviravolta nas investigações. Lucélia Maria da Conceição Silva, de 53 anos, estava presa desde agosto de 2024, acusada de envenenar duas crianças em Parnaíba, litoral do Piauí. Na época, a polícia encontrou na casa dela um veneno de rato, mesma substância presente no organismo dos irmãos de 7 e 8 anos. "Eu sempre fui inocente, só quem acreditou em mim foi meu advogado e minha família. Eu sempre disse, desde o começo. Eu estou sentindo agora muito alívio", afirma Lucélia. Depois de 5 meses, mulher acusada injustamente de envenenar crianças deixa a cadeia Reprodução/TV Globo A polícia considerou que Lucélia tinha matado as crianças porque elas costumavam invadir o quintal para pegar cajus. Mas um laudo da Polícia Científica, que só saiu agora, cinco meses depois da morte das crianças, apontou que nos cajus consumidos pelos meninos não havia nenhum tipo de veneno. A partir dessa informação, o Ministério Público pediu a revogação da prisão de Lucélia e determinou que a polícia retomasse as investigações do caso. “Há um fato novo e, havendo fato novo, é preciso que se analise toda essa circunstância”, afirma o promotor de Justiça Silas Sereno Lopes. Irmãos de 7 e 8 anos foram mortos envenenados Reprodução/TV Globo A polícia investiga por que outros cinco integrantes da mesma família foram envenenados no almoço do Ano Novo com a mesma substância que matou os dois meninos. A mãe deles, Maria Francisca, um irmão e outros dois filhos morreram após comer arroz envenenado. Outra criança de 4 anos continua em estado grave. Cinco integrantes da mesma família foram envenenados no almoço do Ano Novo Reprodução/TV Globo Agora, a polícia aponta como suspeito desse envenenamento coletivo Francisco de Assis Pereira da Costa. Ele era padrasto da mãe dos meninos. Em depoimento à polícia, o homem disse que não gostava dos enteados. A polícia suspeita que Francisco também seja o autor das duas primeiras mortes. “A gente já pode adiantar que tem, sim, informações que ele se encontrava no imóvel, inclusive antes das crianças apresentarem os primeiros sintomas”, diz o delegado Abimael Silva. O delegado-geral da Polícia Civil do Piauí reconheceu que pode ter ocorrido um erro durante a investigação que levou Lucélia à prisão. “Você vê que quantos casos já chegaram a reconhecimento indevido, a vítima reconhece uma pessoa que não é realmente o autor e aquela pessoa é presa. Então, assim, a posição de qualquer órgão policial, órgão jurisdicional é tentar se aprimorar cada vez mais”, diz Luccy Keijo, delegado-geral da Polícia Civil/PI. A defesa de Francisco afirma que lutará pela verdade e que ele é inocente. Polícia aponta Francisco de Assis como suspeito de envenenamento coletivo no PI Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM Justiça determina soltura de vizinha acusada de envenenar irmãos no PI após laudo descartar veneno em cajus Novo laudo mostra que mulher presa, acusada de envenenar dois irmãos, pode ser inocente Baião de dois envenenado: entenda os motivos que levaram à prisão de padrasto por envenenamento de família no PI

Publicada por: RBSYS

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