A paciente tem 22 anos e está grávida de cinco meses. De acordo com a família, a situação de saúde dela é delicada. Caism, o Hospital da Mulher da Unicamp, em Campinas.
Reprodução/EPTV
Dez dias após ser entubada, a mulher grávida que foi diagnosticada com a síndrome de Guillain Barré em Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo, segue internada na UTI de um hospital em Campinas, nesta quinta-feira (6).
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Segundo a família da jovem de 22 anos e que está grávida de cinco meses, a saúde dela ainda está em situação delicada. Os médicos estão testando deixá-la sem a oxigenação mecânica, pra ver se a mulher consegue respirar sem os aparelhos. Ela se alimenta por uma sonda no nariz.
Ainda segundo a família, os médicos estão realizando diversas terapias dentro da UTI, mas a jovem ainda não tem previsão de alta.
Por causa da gravidez, os médicos estão acompanhando ainda mais de perto a situação e cogitam fazer uma cesárea de emergência, caso seja necessário.
A família relata também que pretende se mudar para Campinas, já que a previsão dos médicos é que o tratamento seja longo, ultrapassando um ano de terapia no hospital até que a jovem fique com a saúde 100% recuperada.
Enquanto não conseguem realizar a mudança, os pais se dividem entre idas e vindas do litoral de SP até Campinas. Para ajudar nos custos das viagens, a família fez uma campanha online para arrecadar recursos.
A síndrome de Guillain Barré é considerada perigosa e grave pelo Ministério da Saúde, com incidência anual de um a quatro casos por grupo de 100 mil habitantes.
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Entubação
Segundo a família, a jovem estava com dificuldade para respirar. Diante do quadro de saúde, os médicos conversaram com a paciente e com a família e decidiram por entubar a mulher no início da tarde do dia 27 de maio.
No processo de entubação, a pessoa é sedada e depois tem um tubo passado pela garganta, que visa manter as vias aéreas abertas até o pulmão do paciente e auxiliar na respiração através da ventilação mecânica.
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Internação
Segundo a prefeitura da cidade, a paciente tem 22 anos e foi identificada como Nathalia Cristina de Assunção da Paixão, que está grávida de cinco meses.
A família alega que a mulher está doente há três meses. No final de maio ela piorou e foi socorrida com dores nas pernas, sendo encaminhada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à Casa de Saúde Stella Maris.
A mulher precisou ser internada na unidade, onde foi diagnosticada com a doença e recebeu cuidados de médicos especialistas, como infectologista, neurologista e ginecologista obstetra.
A mulher foi internada na Casa de Saúde Stella Maris, em Caraguatatuba, mas conseguiu uma transferência para Campinas
Cláudio Gomes/PMC
Por conta da gravidade do caso, a paciente passou a precisar de tratamento especializado. A família, então, a cadastrou na Central de Regulação de Oferta de Serviços da Saúde (Cross), que faz o gerenciamento de leitos no estado.
A família entrou na Justiça, com apoio da Defensoria Pública de São Paulo, que determinou a transferência de Nathalia para o Hospital da Mulher Professor Doutor José Aristodemo Pinotti, de Campinas.
Por meio de nota, a Defensoria informou que teve atuação neste caso. Segundo o órgão, na sexta-feira a família procurou atendimento por conta da falta da vaga no hospital. Diante disso, a Defensoria ingressou com a demanda, dialogou com o Judiciário e obteve a liminar para transferência, que foi efetivada na madrugada de sábado.
A transferência aconteceu no dia 25 de maio e a mulher segue internada na unidade.
Guillain-Barré.
TV Globo
Síndrome de Guillain Barré
A síndrome de Guillain Barré é um distúrbio autoimune, ou seja, uma doença em que o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras funções.
Geralmente essa síndrome está associada a alguma infecção, entre elas a dengue, zika, chikungunia ou o vírus da Influenza A.
Segundo o ministério da Saúde, se trata de uma doença perigosa e rara, com incidência anual de um a quatro casos por grupo de 100 mil habitantes.
Os sintomas começam com sensação de dormência ou queimação nos membros inferiores, pés e pernas, e depois nas mãos e braços.
O principal risco provocado por esta síndrome é quando ocorre o acometimento dos músculos respiratórios, o que pode evoluir para a morte se não forem adotadas medidas de suporte respiratório.
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Publicada por: RBSYS