Cidade possui 380 crianças e adolescentes em abrigos, mas apesar da capacidade de cadastrar 40 famílias, tem apenas 22 com cadastros ativos. Entenda como funciona. Campinas quer ampliar interesse de famílias para o acolhimento de crianças
Com 380 crianças e adolescentes vivendo em abrigos, a Prefeitura de Campinas (SP) avalia que a falta de conhecimento de moradores pelo projeto Família Acolhedora impede que muitos desses menores possam viver em um lar temporário até que a família de origem esteja em condições de recebê-los de volta ou até que sejam adotados por outra família.
???? Ao todo, o município tem capacidade e orçamento para atender 40 famílias voluntárias, mas apenas 22 estão cadastradas do projeto, sendo que 19 estão acolhendo as crianças. A cidade tem a meta de completar a cobertura do programa.
Uma questão importante é que a família interessada em aderir ao programa não pode ter interesse em processo de adoção.
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???? Mas, o que é ser uma família acolhedora? O serviço propõe que grupos familiares acolham em suas residências crianças e adolescentes de 0 a 18 anos incompletos, afastados dos país e responsáveis em função do abandono, ou da impossibilidade destes de cumprir suas funções de cuidado e proteção.
A estadia pode atingir até um ano e meio, e pode ser prorrogado. A família acolhedora recebe uma bolsa auxílio de R$ 1,2 mil por criança.
???????????????? A ideia principal do projeto é minimizar os impactos do abandono, para que a criança volte a saber o que é a convivência familiar.
Logo, a criança ou adolescente passa a morar temporariamente na residência dos voluntários por um tempo determinado — ou até retornar para os pais, algum parente, ou ser adotada por outras pessoas.
Receber a criança
Jaqueline acolhe duas meninas há sete meses
Reprodução/EPTV
Jaqueline Aparecida Lima, especialista em marketing jurídico, está acolhendo duas meninas, uma de três anos e a outra de cinco, há sete meses. Como não pode ser mãe, viu no acolhimento uma forma de compartilhar amor familiar — mesmo que temporariamente.
Para recebê-las em sua casa, no barro do DIC III, em Campinas, fez uma decoração infantil e adaptações para que o imóvel se transformasse no novo lar das crianças. Apesar disso, a adaptação não é imediata.
"A criança realmente vai chegar assustada e vai ter medos. Aos pouquinhos fomos ganhando a confiança delas", explica.
Orientações
Atualmente, Campinas conta com 2 serviços de acolhimento familiar, o Serviço de Acolhimento e Proteção Especial à Criança e ao Adolescente (Sapeca) e o Conviver.
Veja os passos e principais requisitos podem ser conferidos a seguir:
Passos para se tornar família acolhedora:
Entrar em contato com qualquer dos dois serviços e realizar cadastro (veja abaixo os canais)
Participar de entrevista com a equipe técnica para avaliação
Caso a família permaneça interessada em participar, deverá comparecer a encontros de formação
Iniciar o acolhimento
Requisitos para participar do serviço:
Residir no município de Campinas
Ter maioridade legal
Ter a aceitação de todo o grupo familiar com a proposta de acolhimento
Não apresentar problemas psiquiátricos, de dependência de substância psicoativas e não estar respondendo processo judicial
Ter disponibilidade para participar do processo de habilitação e das atividades do serviço
Não ter interesse em adoção
É possível entrar em contato com o Sapeca pelos telefones (19) 3256-6067 e (19) 3256-6335. Os contatos do Conviver são (19) 3772-9699 e (19) 9 9368-1440.
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Publicada por: RBSYS