O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, foi até o hospital, se encontrou com cada um dos agora ex-reféns, e repetiu a promessa de trazer de volta os sequestrados ainda em Gaza. Forças de segurança israelenses libertaram quatro reféns que estavam na Faixa de Gaza
Forças de segurança israelenses libertaram quatro reféns que estavam na Faixa de Gaza. Eles fazem parte do grupo sequestrado pelos terroristas do Hamas no dia 8 de outubro de 2023.
Anunciar a notícia que Israel esperava ouvir fez um apresentador de televisão segurar o choro ao vivo. Em um vídeo divulgado pelo exército israelense, é possível ver o momento em que três reféns, amparados por soldados, se aproximam de um helicóptero militar prestes a decolar.
Vídeo mostra momento do resgate de reféns israelenses.
TV Globo/Reprodução
O ministro da defesa, Yoav Gallant, disse que as forças especiais estavam sob fogo pesado num dos ambientes urbanos mais complexos de Gaza: o campo de refugiados de Nuseirat, na região central do território palestino, alvo de pesados bombardeios desde o início da guerra
Um oficial da unidade de combate ao terrorismo morreu na operação. "Foi uma missão de alto risco", disse o porta-voz dos militares.
Em uma praia em Tel-Aviv, a notícia do resgate, anunciada no alto falante do guarda-vidas, foi recebida com gritos de alívio e aplausos.
Outras magens divulgadas pelo exército mostram Noa Argamani, que fez 26 anos em cativeiro, entrando num helicóptero - o início do fim do sofrimento dela.
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Em solo israelense, Andrey Kozlov, de 27 anos, e Almog Meir, de 21, saíram caminhando do helicóptero e vibraram muito.
Shlomi Ziv, de 40 anos, beijou o soldado que o escoltava.
No hospittal, depois de 246 dias em poder do Hamas, os quatro receberam uma avalanche de carinho das famílias. O médico afirmou que estão todos em condições estáveis de saúde.
A mãe de Almog faz aniversário neste domingo (9) e disse que ganhou o melhor presente: o filho de volta, vivo.
O pai de Noa esperou oito meses para dar esse abraço. O primeiro de muitos.
A mãe dela, que lutou desde o início para que a filha fosse libertada, tem um câncer terminal no cérebro. Há meses apelava aos terroristas.
"Quero ver minha filha mais uma vez. Falar com ela mais uma vez", dizia. Hoje, conseguiu.
Reféns resgatados pelo Exército de Israel.
TV Globo/Reprodução
Noa, Andrey, Almog e Shlomi foram sequestrados no festival de música eletrônica no sul de Israel. Nesse dia sete de outubro, 1.200 pessoas foram brutalmente assassinadas, inclusive crianças e idosos.
A imagem de Noa sendo separada do namorado e levada por terroristas em uma moto enquanto gritava “não me matem” correu o mundo.
"Bem-vinda de volta a sua casa", disse o presidente de Israel, Issac Herzog, por telefone.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, foi até o hospital, se encontrou com cada um dos agora ex-reféns, e repetiu a promessa de trazer de volta os sequestrados ainda em Gaza, inclusive o namorado de Noa.
Depois, numa coletiva, disse que se trata de um dia emocionante para todos os cidadãos de Israel.
A operação de hoje, reforça a estratégia de Netanyahu vai insistir que Israel está no caminho certo ao priorizar a ação militar contra o Hamas. Uma postura irredutível que vai na contramão de países aliados, como o Reino Unido, que tem aumentado a pressão por um acordo de cessar-fogo.
As famílias dos reféns, também. Uma multidão foi às ruas no início da noite em Tel-Aviv para protestar contra o governo.
Enquanto isso, o porta-voz do braço armado do Hamas afirmou que outros reféns foram mortos na operação israelense dessa manhã. Israel não comentou.
Operação Israelense em Gaza.
TV Globo/Reprodução
Ao longo do dia, surgiram imagens da destruição em Nuseirat. Segundo médicos locais, pelo menos noventa e três palestinos foram mortos. Não há como confirmar quantos eram combatentes.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmood Abbas, criticou a ação israelense e pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Publicada por: RBSYS