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Pai suspeito de estuprar a filha de 7 anos ameaçou a bater nela caso contasse do crime, diz delegado; homem está foragido

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Pai suspeito de estuprar a filha de 7 anos ameaçou a bater nela caso contasse do crime, diz delegado; homem está foragido

Menina desenhou o próprio estupro durante um depoimento e narrou as ameaças feitas pelo pai. Na segunda, a Justiça expediu um mandado de prisão temporária contra ele. 'Nós vamos pegar esse cara. É questão de tempo, afirmou o delegado de Barra do Piraí, Antônio Furtado. Delegado de Barra do Piraí atualiza as investigações de criança estuprada A Polícia Civil está procurando pelo homem, de 39 anos, suspeito de estuprar a filha, de 7 anos, em Barra do Piraí (RJ). Ele é considerado foragido da Justiça desde segunda-feira (7), quando um mandado de prisão temporária foi expedido pelo Juizado Especial Adjunto Criminal da cidade. "Nós vimos indícios mais que suficientes para representar pela prisão temporária. As provas são contundentes", disse o delegado titular da delegacia de Barra do Piraí, Antônio Furtado. Para ele, a prisão é importante para a continuidade das investigações. Menina de 7 anos desenha estupro sofrido por ela O crime aconteceu no dia 18 de maio, na casa onde a família morava, no distrito de Dorândia (veja mais detalhes no final desta reportagem). O caso, no entanto, só foi descoberto dois dias depois, na escola onde a menina estuda. Na delegacia, acompanhada de uma policial, a criança desenhou o estupro sofrido e disse ter sido ameaçada. "A menina disse, em depoimento especial, que o pai ameaçou a bater nela caso ela contasse a violência para a mãe", afirmou Furtado. No mesmo dia em que o estupro foi registrado na delegacia, a vítima foi levada para o Instituto Médico Legal (IML) e realizou um exame de corpo de delito. Segundo a Polícia Civil, o laudo pericial apontou pequenas manchas vermelhas, acompanhadas de uma secreção, no hímen e comprovou que houve estupro. O homem não foi preso porque o crime foi relatado dois dias depois do acontecido. Assim, não se configurou como flagrante. "Logo no dia seguinte ao registro, o pai sumiu de casa e não apareceu sequer no trabalho para receber o seu adicional de férias. Nós já descobrimos que ele pernoitou duas noites no endereço do irmão, no distrito da Califórnia, e depois ninguém mais o viu", detalhou o delegado. Na semana do crime (veja a cronologia dos fatos abaixo), a Polícia Civil reuniu evidências de que o pai é o principal suspeito de estuprar a filha e pediu à Justiça para que fosse expedido o mandado de prisão temporária, que tem validade de 30 dias. Após a ordem judicial ter sido expedida, a Polícia Civil realizou buscas em pelos menos três endereços onde o suspeito poderia estar: no local onde trabalhava, na casa do irmão e na casa onde morava. Ele não foi localizado em nenhum deles. "Por enquanto, o paradeiro deste homem é ignorado. Uma coisa é certa [...] inocente não foge. Não há como se esconder a vida inteira. A polícia está atrás de você. E, mais cedo ou mais tarde, nós vamos colocá-lo atrás das grades. Nós vamos pegar esse cara. É questão de tempo", completou o delegado. Qualquer informação sobre o paradeiro do suspeito pode ser enviada ao WhatsApp da delegacia de Barra do Piraí. O número é (24) 2445-4342. O anonimato é garantido. O que falta esclarecer? No dia em que a criança realizou um exame de corpo de delito, o perito colheu a secreção encontrada no hímen para que possa ser identificado se há ou não sêmen. "[A secreção] servirá para pesquisa de espermatozoides e futuro exame de DNA, a fim de provar se o pai foi ou não o abusador", explicou o delegado na segunda-feira (20). O resultado deste exame ainda não foi liberado. Medida protetiva Solicitada pela Polícia Civil na segunda-feira (20), a medida protetiva que impede que o suspeito se aproxime da ex-companheira e da filha sob pena de prisão foi deferida na quarta-feira (22). A lei prevê 2 anos de cadeia, sem direito a fiança, em caso de descumprimento. No mesmo dia em que a Justiça expediu a medida, um oficial de Justiça tentou contato com o suspeito, mas sem sucesso. Na quinta-feira (23), o homem foi procurado por mensagem e confirmou seu nome. Embora não tenha respondido sobre o documento, o fato de ter retornado o contato do oficial de Justiça já é o suficiente para que ele tenha ciência da medida protetiva. Criança pediu desculpas à mãe Na quarta-feira (29), a diretora da escola em que a menina estuda prestou depoimento na delegacia de Barra do Piraí. De acordo com o delegado, ela disse que o que ouviu da criança "cortou seu coração". A mulher afirmou que, ao ver a mãe chorando, a criança pediu desculpas por ter sido estuprada pelo pai. Foi a diretora que chamou a mãe na escola, na segunda-feira (20), para falar que a filha estava suja de sangue porque havia menstruado. A mãe, no entanto, desconfiou de que o sangue fosse a menstruação, pois a filha ainda tem 7 anos. De acordo com a Polícia Civil, ao ser questionada pela mãe, a criança disse que o pai a pegou pelo braço, levou para cama e tirou sua roupa, vindo a cometer o estupro. Estupro desenhado Menina de 7 anos desenha estupro sofrido por ela Divulgação/Polícia Civil O g1 obteve com exclusividade junto à Polícia Civil um desenho feito pela própria menina retratando como ocorreu o crime. A ilustração foi feita na delegacia da cidade, acompanhada de uma policial. No desenho (veja acima), a criança mostra o pai a pegando pelo braço, a colocando na cama e deitando sobre ela. A ilustração também revela a irmã, de 5 anos, que estava tomando banho no momento do crime. O pai estava sozinho com as duas filhas em casa, pois a mãe havia saído para ir ao médico. Em depoimento à Polícia Civil, a mulher disse que está separada do pai da criança, mas que os dois moravam na mesma casa e que ela confiava nele para cuidar das filhas quando precisa sair. Vídeo enviado pelo delegado de Barra do Piraí no dia em que o caso foi divulgado Cronologia dos fatos Sábado (18) Dia em que o estupro foi cometido Segunda-feira (20) Diretora da escola percebeu que a menina estava sangrando Menina disse que tinha sido estuprada pelo pai Mãe e filha foram na delegacia e prestaram depoimento Pai da menina saiu para trabalhar e não voltou mais para casa Quarta-feira (22) Justiça deferiu a medida protetiva de mãe e filha. Ou seja, o suspeito não pode se aproximar delas Oficial de Justiça tentou fazer contato com o pai para informa-lo da ordem, mas não conseguiu falar com ele Documento do depoimento especial da vítima foi incluído nos autos do processo Quinta-feira (23) Polícia Civil pediu à Justiça para que fosse expedido o mandado de prisão temporária (30 dias) contra o pai Oficial de Justiça conseguiu falar com o pai da vítima por mensagem. O suspeito confirmou seu nome, o que já indica que está ciente da medida protetiva Sexta-feira (24) Delegado procurou a promotora de Justiça e reforçou o pedido para que o mandado de prisão fosse expedido sob o risco de fuga do pai Segunda-feira (27) Mandado de prisão temporária foi expedido pela Justiça. Pai passou a ser considerado foragido Começaram as buscas pelo pai Terça-feira (28) Buscas pelo pai continuaram Quarta-feira (29) Buscas pelo pai entraram no terceiro dia Diretora da escola onde a criança estuda prestou depoimento Siga o g1 no Instagram | Receba as notícias no WhatsApp VÍDEOS: as notícias que foram ao ar na TV Rio Sul

Publicada por: RBSYS

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