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Professores se unem para fazer cursinho gratuito em Araraquara; inscrições estão abertas

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Professores se unem para fazer cursinho gratuito em Araraquara; inscrições estão abertas

Projeto socioeducativo Livre Caburé é uma iniciativa de 13 professores e atende até 30 estudantes de região periférica da cidade. Professores voluntários realizam cursinho gratuito em Araraquara (SP) desde 2017. Divulgação Com o foco no acesso a educação e produção de conhecimento, 13 professores voluntários se uniram para fazer um cursinho gratuito em Araraquara (SP) voltado a estudantes de regiões periféricas da cidade. “Decidimos montar o cursinho por acreditar no potencial que a educação tem de mudar histórias e por acreditar que a universidade, principalmente a pública, é do povo e deve ser ocupada por ele. Também por não percebemos a existência de um cursinho popular autônomo e auto gerido na cidade que não contasse com prova eliminatória e nem contasse com o tipo de seleção que fazemos, que é sócioeconômica com recorte de raça e gênero”, explicou a professora Ariane Batagy. O projeto socioeducativo Cursinho Livre Caburé oferece 30 vagas para preparação dos estudantes para o Enem e outros vestibulares. As inscrições começam neste sábado (1º) e seguem até 16 de junho. Nos dias 15 e 16 de junho, das 14h às 18h, serão realizadas inscrições presenciais no Quilombo Rosa no Valle Verde, sede do cursinho neste ano (veja endereço no final da matéria). ???? Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp Para se candidatar, a pessoa passa por uma análise socioeconômica que filtra quem realmente mais precisa da vaga. O estudante deve ter concluído ou estar cursando o terceiro ano do ensino médio em 2024. Não são realizadas provas no processo seletivo (acesse o edital de inscrição aqui). Aulas de português, matemática, história, geografia, sociologia, filosofia, biologia, química, física e idioma serão oferecidas a partir de 1º de julho, das 19h30 às 21h45. O cursinho oferece também palestras e atividades extracurriculares. LEIA TAMBÉM Vagas: Fatec tem 320 vagas para cursos superiores em São Carlos e região; saiba como se inscrever Inclusão: Mães de alunos autistas buscam a Justiça para conseguir professores de apoio nas escolas estaduais Greve: Professores e servidores da UFSCar rejeitam nova proposta do governo federal e mantêm greve Educação gratuita e autônoma A iniciativa do cursinho começou em 2017 por meio de duas professoras da cidade, Ariane Batagy e Marina Petersen. Devido à falta de um espaço, elas tiveram que suspender o curso nos últimos dois anos. O retorno foi possível graças a um espaço cedido pela Prefeitura de Araraquara. Sem vínculos ou patrocínios, o cursinho é gerido pelos prórpios professores, que realizam rifas e eventos para comprar material didático, entre itens necessários O cursinho conta com uma equipe gestora, mas todos os integrantes são responsáveis pelo funcionamento. "O nosso caixa provém de festas e rifas que realizamos para ajudar a comprar material para os professores utilizarem na sala de aula, divulgação física e na compra de comida para oferecermos de lanche no intervalo das aulas”, disse Ariane, que é responsável pelas aulas de história. Voluntariado O autônomo Pedro Oller, de 31 anos, faz parte do corpo docente desde o início do projeto e também já lecionou no Cursinho Unificado do Campus Araraquara (Cuca). Formado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), ele começou com aulas de redação quando ainda era universitário e hoje leciona atualidades. “São pelo menos 10 anos trabalhando em cursinho popular e foi muito especial a experiência de participar da construção do Caburé desde seu início. Eu aprendi muito e nós fomos aprendendo juntos, desenvolvendo e amadurecendo nossa visão e nossa forma de cuidar do cursinho a partir da própria prática”, afirmou. Professores e alunos do Cursinho Caburé: Além das aulas curriculares, o curso também oferece atividades extracurriculares de reflexão e debate. Divulgação Ensino sem cobrança A professora Ariane lembrou que, ao longo dos anos, vários estudantes foram aprovados nas principais universidades do país como a USP, Unicamp, Unesp, UFSCar, e outras particulares. Porém, para os professores o impacto do ensino está além das aprovações. Oller disse que o foco não é a cobrança e sim o desenvolvimento pessoal e coletivo dos estudantes. “Sempre dissemos que as aprovações nos vestibulares não era um medidor do êxito do cursinho. O maior ganho é ver que o aluno que passou pelo cursinho se tornou uma pessoa dona de si, consciente, instruído, dedicado a buscar se inserir no que gosta, disposto a agir pelo próximo, a fazer a diferença. São esses os resultados mais importantes na nossa visão”, disse. Debates e reflexão Além das aulas da grade pré-vestibular, o cursinho oferece atividades extracurriculares com debates e reflexão . Palestras com professores convidados da Unesp e das redes estadual e municipal enriquecem ainda mais as aulas. Tanto Oller quanto Ariane reforçam a importância de levar ensino gratuito e de qualidade para bairros marginalizados da cidade. “Nosso objetivo envolve em inserir nas universidades pessoas críticas, questionadoras, pois é nesses espaços que se produz a ciência do país, e vimos que faz total diferença ter jovens de camadas da sociedade historicamente marginalizadas e excluídas do acesso ao ensino, produzindo conhecimento também”, disse o professor de atualidades. O endereço do Cursinho Livre Caburé é no Quilombo Rosa, localizado na Rua Lázaro Machado 1.150, no Valle Verde. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 98165-0109 (Ariane) ou por meio do Instagram oficial do cursinho. Veja os vídeos da EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara

Publicada por: RBSYS

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