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Proprietários rurais lidam com lama e areia nas lavouras e nas estradas no Vale do Taquari

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Proprietários rurais lidam com lama e areia nas lavouras e nas estradas no Vale do Taquari
A Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul fez um estudo preliminar das perdas na agricultura do estado. A estimativa mostra que o prejuízo pode chegar a R$ 25,5 bilhões. A difícil retomada dos agricultores do Rio Grande do Sul No Vale do Taquari, proprietários rurais lidam com lama e areia nas lavouras e nas estradas. A retomada é lenta, mas é constante. A família de agricultores perdeu as lavouras de soja e milho e as vacas que produziam leite e queijo para consumo próprio. A ajuda está demorando para chegar em alguns lugares. “Ainda não foram retirados os animais daqui. Não tinha como chegar até ali. Ainda estão ali”, diz o agricultor Vianei Luís Ghilardi. Ajuda também será necessária para remover a lama e a areia que a água levou para a lavoura. Apesar de toda a dificuldade, a família já estipulou data para voltar a plantar. “Plantação de soja, na verdade, é de novembro em diante. Até lá acho que a gente dá um jeito de arrumando uma máquina para fazer o serviço aí”, diz o agricultor Celso Luiz Ghilardi. Ainda no interior do município, o agricultor Jorge Luis Hining recomeça consertando os dois tratores e colheitadeira que tem. A luta agora é pela retomada da rotina de plantação. “Vamos tentar. Estamos querendo, mas vamos ver se tem coragem”, diz. As estradas ainda são um desafio. O produtor rural está trabalhando na manutenção da estrada para escoar parte do arroz que restou depois das enchentes. Isso é parte da retomada no interior das cidades no Vale do Taquari. “Ainda tenho uns 8 mil sacos de arroz para retirar”, conta o agricultor Gustavo Schwarz Bulb. A Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul fez um estudo preliminar das perdas na agricultura do estado. A estimativa mostra que o prejuízo pode chegar a R$ 25,5 bilhões. Parte por causa das perdas físicas com plantações, e parte correspondente à perda de solos e nutrientes. “O solo dessa região aqui onde foi bem atingido, ele está com muita umidade. Então, até para as máquinas trabalharem precisa secar. Possivelmente, a agricultura nessa região aqui só após o inverno. A gente vai ajudar na análise de solo para saber o que está faltando nesse solo e colocar o que as águas levaram, repor para que a gente consiga produzir novamente as culturas e os animais”, afirma o técnico em agropecuária Maurício Junior Antognolli, extensionista rural da Imater Cruzeiro do Sul.

Publicada por: RBSYS

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