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Tribunal de Contas do DF pede explicação sobre problemas no transporte de pacientes na rede pública de Saúde

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Tribunal de Contas do DF pede explicação sobre problemas no transporte de pacientes na rede pública de Saúde

Determinação veio depois que CLDF decidiu investigar contrato com a empresa responsável pelas ambulâncias. Tribunal também cobra quantas ambulâncias estão em operação e projeção de compra de novos veículos. Ambulância em hospital do DF em imagem de arquivo TV Globo / Reprodução O Tribunal de Contas do Distrito Federal deu um prazo de cinco dias para a Secretaria de Saúde (SES-DF) e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) darem explicações sobre os problemas que vem ocorrendo no transporte de pacientes entre unidades de saúde — como a demora na chegada de ambulâncias. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Os questionamentos são feitos em meio aos registros de mortes de crianças na rede pública de Saúde. Em um dos casos, uma criança de 1 ano esperou por mais de 12 horas por uma ambulância para ser transferido da UPA do Recanto das Emas para o Hospital Materno Infantil (Hmib) (veja detalhes abaixo). Segundo o pedido do Tribunal de Contas, o Iges-DF e Secretaria de Saúde precisam explicar: o motivo das alteração das cláusulas do contrato de 2022 em comparação com o de 2021; a forma como o Iges realiza a fiscalização desse contrato e de outros da mesma natureza; se há um plano de urgência para atendimento da demanda de transporte de pacientes, diante de uma possível insuficiência na atual quantidade de viaturas disponíveis; se existe planejamento e controle da utilização das ambulâncias, além de questionar quais são os critérios para distribuição dos veículos; qual o número de viaturas necessárias para atender a demanda da rede pública de Saúde. O tribunal também cobra dados de quantas ambulâncias estão em operação, além da projeção de compra de novos veículos. O g1 questionou a pasta e o Iges sobre o pedido do Tribunal de Contas, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Novas ambulâncias e sala de monitoramento No último dia 22, a Secretaria de Saúde informou que está em processo de compra de 62 novos veículos, sendo 12 do SAMU e 50 de suporte básico. O prazo para recebimento das ambulâncias é de três meses. Em uma coletiva no dia 23 de maio, o diretor-presidente do Iges, Juracy Cavalcante Lacerda Jr., anunciou a criação de uma sala de monitoramento no Hospital de Base, onde serão definidas as prioridades de pacientes a serem atendidos pelas ambulâncias. Não há uma data para que a sala comece a funcionar. Investigação da Comissão de Saúde da CLDF 'Não há crise, não há caos na Saúde do DF', diz secretário da Casa Civil A determinação do Tribunal de Contas veio depois que a Comissão de Saúde da Câmara Legislativa (CLDF) decidiu investigar o contrato com a empresa responsável pelas ambulâncias da rede pública hospitalar da capital. O documento da comissão traz detalhes do contrato feito em 2021 entre o Iges-DF e a empresa "Sistema de Emergência Móvel de Brasília", responsável pelo transporte de pacientes. De acordo com o contrato, a empresa deve atender os chamados de ambulâncias de suporte básico em no máximo duas horas, e de ambulâncias de suporte avançado em no máximo uma hora. No entanto, o bebê Enzo Gabriel esperou mais de 12 horas por uma ambulância para ser transferido da UPA do Recanto das Emas para o Hospital Materno Infantil (Hmib), onde o paciente já tinha garantida uma vaga de UTI. Quando a ambulância chegou, o menino já estava morto. O documento da Comissão de Saúde destaca que, em 2022, o Iges-DF fez um novo contrato com a empresa de ambulâncias, mas com a retirada de algumas cláusulas. Entre elas a que remete responsabilidades ao Iges-DF. "Ocorre que, de forma imotivada e injustificada, houve supressão da principal cláusula contratual que remetia responsabilidade a contratante (Iges-DF), para exigir o fiel cumprimento das obrigações pela contratada", diz documento da comissão. Em pouco mais de um mês, cinco crianças morreram na rede pública. As famílias denunciam negligência: ENZO GABRIEL: menino de 1 ano morreu em 14 de maio, na Upa do Recanto das Emas, após esperar mais de 12 horas por uma ambulância; JASMINY: bebê de 1 mês morreu por falta de atendimento apropriado na UPA do Recanto das Emas, em 14 de abril; ANNA JÚLIA: menina de 8 anos morreu no dia 17 de maio após peregrinar por quatro unidades de Saúde; AURORA: recém-nascida que morreu por complicações causadas durante o trabalho de parto. INGRID: bebê morreu durante o parto, no hospital Regional da Asa Norte (Hran). LEIA TAMBÉM: CRISE NA SAÚDE: Mais um bebê morre em hospital público de Brasília e família denuncia negligência 'FAMÍLIAS DESTROÇADAS': Parentes de crianças que morreram na rede pública de Saúde do DF protestam e pedem CPI Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

Publicada por: RBSYS

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